domingo, 29 de novembro de 2009

Funcionário do ME apanhado a gravar conversas de jornalistas

Ministério da Educação diz que o intuito era gravar secretário de Estado, mas funcionário afirmou que estava a «usar as mesmas armas dos jornalistas» | Por: Redacção /CLC  |  27-11-2009  00: 04

Uma conversa informal de jornalistas foi gravada por um funcionário do Ministério da Educação, noticia o jornal Público. Os jornalistas aguardavam as declarações do secretário de Estado, depois de reuniões com os sindicatos dos professores, quando o funcionário gravou as conversas sem pedir autorização.

Segundo o jornal, quando foi interpelado, o homem alegou que usava «as mesmas armas» dos jornalistas. O ministério da Educação já teve conhecimento do caso, mas alega que a intenção era gravar as declarações do governante.

A gravação ocorreu na sala de imprensa onde se aguardavam as declarações dos intervenientes na negociação. Os jornalistas conversaram sobre variados temas, nomeadamente, sobre o processo Face Oculta. A determinada altura entrou na sala um homem de «fato e gravata», contam os jornalistas presentes, que colocou um mini-gravador junto aos outros gravadores.

Um dos jornalistas percebeu que o gravador estava ligado e desligou-o, apagando a faixa de oito minutos que tinha sido gravada. No entanto, o homem voltou a entrar na sala e voltou a ligar o gravador.

Questionado sobre quem era e porque estava a gravar uma conversa informal sem autorização, terá respondido: «António Correia, do gabinete da ministra» e que usava «as mesmas armas dos jornalistas».

Segundo o jornal, o ministério da Educação respondeu que: «Um gravador foi, de facto, colocado por um elemento do Gabinete, minutos antes de uma aguardada declaração à imprensa do Secretário de Estado Adjunto e da Educação. O aparelho foi colocado junto dos gravadores dos órgãos de comunicação social presentes, para gravar a referida declaração», disseram numa nota de esclarecimento enviada por correio electrónico.

 

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